Com perda de força adicional na reta final dos negócios, a moeda americana fechou em queda de 1,46%; na semana, ainda acumula valorização de 0,11%, mas passou a recuar 0,27% em maio
O dólar caiu quase 1,50% nesta quinta-feira (8), e voltou a fechar abaixo de R$ 5,70 após dois pregões. O dia foi marcado por forte apetite por ativos de risco, incluindo divisas emergentes, diante de sinais promissores de arrefecimento da guerra comercial. Além de os EUA anunciarem um acordo sobre tarifas com o Reino Unido, houve acenos do presidente norte-americano, Donald Trump, à China.
O real exibiu o melhor desempenho entre as moedas mais líquidas (à exceção do peso argentino), na esteira da decisão da quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic em 50 ponto porcentual, para 14,75%, e acenar com a manutenção de política monetária restritiva por período prolongado
A arrancada do real reflete tanto um desmonte de posições defensivas construídas nos últimos dias na expectativa pela superquarta, com decisão de política monetária aqui e nos EUA, quanto o aumento da atratividade do carry trade. Operadores relatam também entrada de recursos para o Ibovespa em sessão de alta de cerca de 3% dos preços do petróleo.
Com perda de força adicional na reta final dos negócios, o dólar à vista fechou em queda de 1,46%, a R$ 5,6613, na mínima. Na semana, ainda acumula valorização de 0,11%, mas passou a recuar 0,27% em maio. A moeda voltou a apresentar queda de mais de 8% no ano.