O que é e como funciona o cartão de débito?
O cartão de débito é uma forma de pagamento eletrônica que ocorre instantaneamente, quando o usuário digita sua senha de seis ou quatro números. E o dinheiro sai diretamente da conta desse usuário. É por isso que esse é o tipo de pagamento que mais se assemelha ao dinheiro físico.
A forma de pagamento surgiu no Brasil nos anos 1980 e aos poucos foi substituindo o cheque. Hoje, as transações por este tipo de pagamento eletrônico são mais frequentes do que as feitas com o cartão de crédito.
Para se ter ideia, ao final de 2020 a quantidade de cartões de débito ativos no Brasil era de 167 milhões (26% maior do que o registrado no ano anterior), enquanto os cartões de crédito eram 134 milhões (aumento de 12%), segundo o Banco Central.
Mas, afinal, como funciona um cartão de débito? Basicamente, o cartão de débito permite a realização de pagamentos em locais credenciados, debitando o dinheiro diretamente da conta corrente do proprietário do cartão, mediante a digitação de uma senha pessoal. O valor é transferido automaticamente para a conta corrente do vendedor ou do prestador do serviço.
Isso significa que, para fazer uma compra usando o cartão de débito, é preciso ter saldo suficiente em sua conta corrente ou poupança. Do contrário, ou o pagamento será reprovado ou será aprovado, mas o usuário vai entrar no cheque especial, se tiver um limite de crédito disponível em sua conta.
Entrar no cheque especial não é interessante, ainda mais se for para consumir itens que não são de primeira necessidade. Isso porque, quando você fica com saldo negativo no banco, altos juros diários são aplicados. Dependendo do seu banco, a taxa de juros do cheque especial pode chegar a mais de 14% ao mês – ou 400% ao ano.
Além dos juros, caso o cliente ultrapasse o limite do cheque especial ou não tenha o dinheiro em conta no dia do pagamento, o banco pode cobrar uma multa em cima da dívida.
Para ficar mais claro: se você tem um saldo na sua conta corrente de R$ 200 e um limite de R$ 100, você deveria gastar no cartão de débito, no máximo, os R$ 200.
Nesse exemplo, se você fizer uma compra de R$ 250 no cartão de débito, essa compra será aprovada porque o banco irá subtrair os R$ 200 que você tinha de saldo e R$ 50 do seu limite. Neste momento, você levou sua compra para casa, mas entrou no cheque especial e está negativo em – R$ 50.
Com os juros, estes R$ 50 reais que você deve para o banco podem se tornar muito rapidamente bem mais caros do que o valor total da sua compra. E o pior é que você está com sua conta zerada, devendo R$ 50, mas se ainda tentar fazer outra compra de R$ 50 reais ela também será aprovada, porque seu limite ainda estará disponível, ficando, então, negativo em R$ 100.
É preciso ter muito cuidado ao utilizar o cheque especial. Algumas instituições bancárias oferecem o uso do limite sem cobrança de juros e taxas por alguns poucos dias, mas é preciso verificar se este é o seu caso antes de deixar seu saldo negativo.
Se não teve jeito e você utilizou seu limite, a orientação é quitá-lo o mais rápido possível. Para isso, considere procurar uma modalidade de crédito mais saudável, com tarifas mais baixas, para cobrir o cheque especial imediatamente. É melhor do que deixar os juros altos rolando e sua dívida aumentando