IF Hoje: Decisão de juros no Reino Unido e balanço da Petrobras são os destaques do dia
Banco central da Inglaterra tenta conter a inflação que está acima de 10% desde 2022.
O destaque de hoje entre os indicadores internacionais é a decisão de juros do Reino Unido, com o Bank of England (BoE) podendo elevar a taxa básica de 4,25% para 4,50% ao ano, diante da inflação de dois dígitos que assola a ilha neste ano, ficando em 10,1% em março, mas com a inflação dos alimentos próxima de dos 20%.
A elevação nos juros britânicos, no entanto, não é um consenso entre os analistas. Para Francisco Pesole, do ING, há uma boa chance de que o aumento esperado de 0,25 ponto de amanhã seja o último.
O Bank of America ainda destaca que o BoE pode reiterar que pode aumentar ainda mais juros mediante qualquer sinal de persistência da inflação, “mas é provável que termine de elevar as taxas depois de quinta-feira, devido às preocupações sobre o efeito de aumentos anteriores”.
O BoE afirmou que em janeiro de 2023 o Reino Unido entrou em uma recessão que deverá durar cinco trimestres, mas que será menos profunda que o previsto.
De acordo com as previsões da instituição, o PIB britânico cairá 0,5% em 2023 e 0,25% em 2024, uma queda “menos profunda” que 1,5% e 1% das projeções de novembro, segundo um documento do comitê de política monetária
No Brasil, a temporada de balanços do primeiro trimestre caminha para o final, e hoje tem os resultados da Petrobras, Magalu, Cyrela, JBS, Cogna e Americanas. O mercado projeta que o lucro da estatal deve contrair na comparação com o mesmo período de 2022 devido à queda no preço do petróleo no mercado internacional.
Opep divulga seu relatório mensal.
Reino Unido tem decisão de taxa de juros com projeção de elevação de 0,25 ponto percentual, para 4,50% ao ano.
O país do Rei Charles III traz também dados de Produção do setor de Construção de março.
África do Sul divulga Produção de Ouro em março e os números totais de mineração.
Portugal reporta o IPC de abril.
Índice Primário de Confiança do Consumidor de maio nos seguintes países: Reino Unido, Itália, Alemanha, França, Espanha, Portugal, África do Sul, Índia, Austrália, China e Japão.
Os EUA divulgam seus números de inflação ao produtor e seus núcleos.
Balanços
Após o fechamento da B3, o mercado olha os balanços de: Petrobras, Magalu, Cyrela, JBS, Cogna e Americanas.
Mercado ontem
Após trocar o sinal algumas vezes ao longo do dia, o Ibovespa fechou em alta de 0,32% (pós ajuste), aos 107.455 pontos. O dólar fechou em queda de 0,75%, negociado a R$ 4,9495 na B3 .
O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,4% em abril, em linha com as expectativas, na comparação com o mês anterior, uma aceleração em relação ao resultado de março.
A inflação atingiu 4,9% no acumulado de 12 meses, ainda bem acima do centro da meta de 2% do Federal Reserve (banco central dos EUA). O dado anualizado ficou um pouco abaixo das expectativas de aumento de 5% na inflação de economistas ouvidos pelo The Wall Street Journal.
O núcleo do CPI, que desconsidera alimentos e energia, subiu 0,4% no mês e 5,5% no ano. “Apesar da inflação cheia estar desacelerando, o núcleo precisa dar mais sinais de arrefecimento para que o Fed tenha condições de encerrar o ciclo ou até reduzir a taxa de juros no futuro”, diz Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.