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O que é investimento?

De maneira ampla, o conceito de investimento é um desembolso em que há a expectativa de certo ganho ou resultado futuro. A partir desse raciocínio, vários itens podem ser considerados como capital para investir: tempo, energia, estudos, atenção e assim por diante.

Assim, tanto investir tempo nos estudos para adquirir conhecimento quanto plantar uma lavoura são atitudes que podem ser entendidas como um investimento.

Quando se fala de finanças, o que é investimento financeiro? Basicamente é aplicar dinheiro para que ele produza rendimentos no futuro. Isso é possível por conta do efeito dos juros compostos sobre as aplicações financeiras, que faz com que o dinheiro se multiplique.

O mecanismo é semelhante ao de uma dívida, que cresce com o passar do tempo. Os valores são multiplicados por eles mesmos ao longo de um determinado período. O valor final depende essencialmente do tempo pelo qual os recursos permaneceram sob o efeito dos juros compostos.

Em termos bem simples, estar endividado é dever dinheiro para o banco e investir é emprestar dinheiro para ele.

Investir é diferente de poupar

É comum que as expressões “investir” e “poupar” sejam usadas como sinônimas, apesar de seus significados serem distintos. Poupar tem relação com guardar dinheiro e, geralmente, exige disciplina e mudanças nos hábitos financeiros, como o corte de gastos supérfluos, por exemplo.

Com isso, o objetivo é que, no fim do mês, as entradas de dinheiro sejam maiores do que as saídas. Para muitos, essa pode ser uma missão quase impossível, já que há muitas obrigações a serem honradas e é mais provável que falte dinheiro em vez de sobrar.

Para poupar, é essencial ter foco para atingir as metas estabelecidas, além de apenas pagar todos os boletos. Quem decide poupar para comprar um carro, por exemplo, deve separar determinada quantia pelo tempo necessário para atingir o objetivo final.

Investir, por sua vez, não é somente juntar dinheiro, mas aplicá-lo para que haja uma remuneração no futuro. No Brasil, a confusão também é frequente pois a aplicação mais utilizada pelas pessoas para guardar dinheiro é a caderneta de poupança, apesar do rendimento ruim.

Investir é diferente de especular

Benjamin Graham, um grande investidor, sintetizou bem a diferença entre investir e especular:

“Uma operação de investimento é aquela que, por meio da análise, promete uma segurança para o principal e um retorno adequado. As operações que não vão ao encontro dessas exigências são especulativas.”

Especular, então, é investir com condições de incerteza: o especulador compra um bem, com a confiança de que ele vai se valorizar, para depois vendê-lo a um preço maior. O risco desse tipo de operação é muito alto, já que no momento da compra, o especulador nunca tem certeza de que ele vai mesmo se valorizar. Por isso, geralmente especular é um ato associado a ganhos ou perdas de quantias enormes de dinheiro.

Já o investimento tem a segurança como característica. O investidor estuda as possibilidades, considera os riscos e, só depois, quando já tem mais conhecimento sobre as condições do negócio, toma a decisão de investir. Nesse caso, a chance de retorno em relação à quantia aplicada é bem maior.

Investir é diferente de apostar

Outro erro comum é acreditar que o investimento é uma aposta. Quem nunca ouviu uma frase como “se quiser investir, aposte no mercado imobiliário” ou algo do gênero? Contudo, investir não é apostar! Apostar é arriscar o dinheiro em algo totalmente incerto e aleatório, sem que haja qualquer garantia de retorno.

Na aposta, depende-se exclusivamente da sorte para obter retorno — é, literalmente, como jogar na loteria. Já o investimento pressupõe estudo e análise sobre um ativo e seus riscos. Isso não quer dizer que o retorno é certo, mas o estudo prévio traz maior possibilidade de lucro.

No entanto, é importante ressaltar que não existe investimento sem risco! Existem investimentos com riscos diferentes, em maior ou menor grau. Até mesmo guardar o dinheiro poupado em casa é arriscado, já que ele pode se desvalorizar com a inflação. Ou seja, não há como fugir do risco quando se fala em investimento.

Por isso mesmo, na hora de investir, é necessário saber qual é sua tolerância ao risco. Algumas perguntas podem ser feitas para identificar essa característica:

  • Qual nível de risco é mais adequado para o seu perfil?
  • Qual seria a sua reação a possíveis perdas no curto prazo, havendo a possibilidade de ganhos no longo prazo?

As respostas a essas perguntas são essenciais para traçar seu perfil e a estratégia de investimento mais adequada para você.